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Sincronicidade - A Dinâmica do Inconsciente - C.G.Jung

 


Por Miguel Calil 

16 de abril de 2025

Texto finalizado em 30 de  abril de 2025. 

Nas proximidades dos meus 40 anos fui dando maior ênfase para algumas coincidências em acontecimentos que faziam parte da minha vida e rotina. E esses acasos não eram acasos. Através do colega de trabalho de TDM ( Tratamento de Depressão pelo Magnetismo), Celso Polycarpo, cheguei na leitura desta obra em questão: Sincronicidade - A Dinâmica do Inconsciente - C.G.Jung. Das coincidências da nossa vida. Mensagens nas redes sociais. Nas placas de rua. Mensagens em filmes e na mídia em geral em momentos em que precisa ouvir aquelas palavras. Pessoas certas que apareciam nos momentos certos. Na seguinte página do livro em questão - Página 31 - Edição da Editora Vozes-  O problema da  sincronicidade me tem ocupado há muito tempo, sobretudo a partir de meados dos anos de 1920, quando, aos investigar os fenômenos do inconsciente coletivo, deparava-me constantemente com conexões que eu não podia simplesmente explicar como sendo grupos ou "séries" de acasos.  Tratava-se, antes de " coincidências" de tal modo ligadas significamente entre si... Por ser um assunto muito complexo e que envolve o inconsciente, vou fazer um pequeno resumo neste texto em questão. Menciona o sonho de uma paciente  que recebia uma escaravelho de ouro de presente. Um caso famoso da vida profissional de Jung. Enquanto ela contava o  sonho, Jung estava sentado  de costas para a janela fechada de seu consultório. De repente escutou um ruído por trás dele, como se alguma coisa batesse de leve na janela. Voltou-se para o local  e viu um inseto alado se debatendo do lado de fora contra a  vidraça da janela. Abriu a janela e apanhou o inseto em pleno vôo. Era a analogia mais próxima  de um escaravelho de ouro que é impossível encontrar em suas latitudes, o "besouro-rosa comum". Nada de semelhante jamais havia acontecido para Jung até então. O caso desta paciente permaneceu como um caso único em toda a sua experiência.  

Convém chamar a atenção para um possível mal entendido que pode ser ocasionado pelo termo "sincronicidade" Foi escolhido este termo porque a aparição simultânea de dois acontecimentos, ligados pela significação, mas sem ligação causal, pareceu-me um critério decisivo. Emprega, pois o conceito geral de sincronicidade, no sentido especial de coincidência, no tempo, de dois ou vários eventos, sem relação causal, mas com o mesmo conteúdo significativo, em contrate com "sincronismo" cujo significado é apenas é o de ocorrência simultânea de dois eventos. 

A sincronicidade, portanto, significa, em primeiro lugar, a simultaneidade de um estado psíquico com um ou vários acontecimentos que aparecem com paralelos significativos de um estado subjetivo momentâneo e, em certas circunstâncias, também vice-versa. O livro fala de mensagens e previsões através de sonhos. Vale lembrar do famoso livro de Freud, pai da psicanálise, A interpretação dos Sonhos, de 1900. Jung tem uma abordagem holística em seu trabalho envolvendo corpo, mente e alma, e segundo um professor do meu do curso de Psicanálise e Psicoterapia do Saber Consciente, se Freud, que realizou todos aqueles estudos envolvendo a sexualidade, tivesse outra vida, ele estudaria o mundo espiritual.  

A concepção de Goethe, polimata, autor e estadista alemão a respeito dos acontecimentos sincronisticos é também "mágica" Eis o que ele diz nas conversações com o poeta e escritor alemão Eckermann: " Todos nós temos certas forças elétricas e magnéticas dentro de nós e exercemos um poder de atração e repulsão, dependendo do contato que tivermos com algo afim ou dessemelhante."

Vale lembrar que muitas da sincronicidades não tem uma lógica e explicação. Mas podem ter um intuito de gerar algo, gerar um acontecimento, um amadurecimento do individuo, ou uma reflexão a respeito do fato ocorrido. Mexe com o psiquismo humano. Segundo um trecho do texto de Pós-Gradução da USCS: 

A sincronicidade, segundo Carl Jung, transcende a mera coincidência casual. Jung introduziu o conceito de sincronicidade como uma interconexão significativa entre eventos externos e estados internos da psique, sem relação causal aparente. Essa teoria desafia a visão convencional de causalidade, sugerindo que alguns eventos não estão apenas conectados linearmente, mas também simbolicamente. Para Jung, a sincronicidade revela a presença de um princípio ordenador no universo, onde eventos externos e experiências subjetivas coexistem em uma dança significativa. Essa dança não é regida apenas pelas leis da física, mas também por uma ordem psíquica subjacente. No contexto do processo de individuação, a sincronicidade desempenha um papel crucial. Jung sugere que eventos sincrônicos muitas vezes ocorrem durante momentos-chave do desenvolvimento pessoal, agindo como guias simbólicos em direção à integração e compreensão mais profunda do eu. Essa interconexão entre o interno e o externo é vista como uma manifestação do inconsciente coletivo, que busca comunicar significados mais amplos e transcendentais.

 ESP: ( extra-sensory perception- Experiência extra sensorial )

Um exemplo particular que mexeu comigo foi quando na cidade onde moro, em duas ocasiões, o mesmo morador de rua veio me pedir dinheiro. E em lugares bem distantes um do outro. Em uma ocasião pude ajudar e outra não, pois não tinha dinheiro em papel-moeda para dar. Daí eu refleti se isso não foi uma sincronicidade e uma mensagem do universo para mim.  Este livro é um pouco complexo para quem não conhece os estudos junguianos e aborda além da psicologia, a alquimia e a importância da astrologia e da simbologia dos números na carreira de Jung. a sincronicidade não tem uma explicação concreta. Página 109- Editora Vozes - "Quantas vezes não vimos  que as chamadas superstições contém um núcleo de verdade que mereceria ser conhecido". Sincronicidade - uma espécie de Simultaneidade... Página 114 - "Por isto, tais casos seria inadequado  falar de "acasos". (...)Do contrário, trata-se  de coincidências significativas." 

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