Por Miguel Calil
09 de novembro de 2024
Em muitos momentos da vida, podemos entrar em conflito existencial em relação às nossas vidas, como a sexualidade, à profissão que queremos exercer e por diversos outros motivos. Crises na nossa existência. Como por exemplo, um pai que quer que o filho exerça uma profissão que o filho não almeja, ou um pai que não aceita a sexualidade do filho. Uma série de motivos pode gerar no individuo esta crise existencial ou até uma depressão (indivíduo preso ao passado) ou outros distúrbios. Conflitos Existenciais faz parte da série Psicológica - Volume 13 da parceria do médium Divaldo Franco com sua mentora Joanna de Ângelis. É um livro forte, que não é para qualquer um, mas um livro maravilhoso, enriquecedor e esclarecedor. É para alguém que quer entender o ser humano, as suas dores, angústias, e as mazelas humanas. Por isso existem os psicólogos, terapeutas, psiquiatras, e uma boa conversa entres os indivíduos de uma família pode amenizar os conflitos. A busca pela espiritualidade ou o espiritismo, por exemplo, evita que o indivíduo caia na drogadição ou tentações terrenas. Ajuda energética dos passes em um centro espírita e a ida à centros espíritas podem auxiliar no tratamento. Existem nas casas espíritas os Atendimentos Fraternos que encaminham o atendido ou necessitado para o tratamento ideal no local. Aborda temáticas como fugas psicológicas, preguiça, raiva, medo, ressentimento em relação próximo, sentimento de culpa, ciúme que em muitos casos precisa de tratamento, ansiedade ( que o indivíduo fica preso ao futuro), crueldade que não deixa de ser uma doença e tem que ter tratamento, violência, neurastenia (extremo cansaço de qualquer natureza - físico, emocional e mental, como responsável pelo desencadeamento desse transtorno neurótico. Tem um capítulo que fala de drogadição, do vício de indivíduos por drogas como por exemplo bebidas alcóolicas ou outros tipos de drogas como morfina, a cocaína, o crack o outra qualquer ( e não vou deixar de falar também no tabagismo, que não deixa de ser uma droga que mata aos poucos) formas de escapismo da realidade. Segundo a obra, os conflitos no lar contribuem expressivamente. para a fuga na direção das drogas. Sem a menor dúvida, é o Espírito enfermo aquele que mergulha no poço asfixiante da drogadição, arrastando os efeitos da conduta reencarnacionista e dos compromissos alienantes da atualidade na qual se encontra. Graves crimes são cometidos por causa destes vícios. O internamento hospitalar para desintoxicação torna-se indispensável. Em muitos casos o tratamento espiritual junto com o tratamento médico é essencial. Além de escapar dos vícios, o paciente deve buscar, segundo a obra, as Fontes Generosas da Espiritualidade, por intermédio da oração e da concentração, a fim de receber os fluxos e energia renovadora para a manutenção da estabilidade dos propósitos de cura abraçados. A timidez, a instabilidade de sentimentos, o ciúme, o complexo de inferioridade, os transtornos masoquistas incentivam a ingestão de substâncias alcóolicas como fuga das situações embaraçosas. Algumas vezes, para servir de encorajamento; e outras, com a finalidade de apagar lembranças ou situações desagradáveis. Em face da gravidade do alcoolismo, são necessários recursos psiquiátricos, psicológicos e orientação social, com o propósito de auxiliar o paciente. Á semelhança do que ocorre com o tabagista e o drogado, estabelece-se uma ligação vampirizadora por parte do desencarnado, que fica incentivando o vício. Uma parte da humanidade entra nos vícios por causa das crises existênciais. O entendimento espírita, da imortalidade do Espírito facultou o entendimento em torno das relações que existem entre as duas esferas da mesma vida, dando uma ênfase ao processo reencarnacionista, assim proporcionando sentido e significados especiais á existência corporal A cura do paciente está na sua transformação moral para melhor. No capítulo 15, Vazio Existencial, fala-se que também o vazio existencial se deriva do tédio, da repetição das experiências que não se renovam, da quase indiferença pelas demais criaturas, sugerindo a inutilidade pessoal. A pessoa deve descobrir a finalidade da sua existência e como alcançar o objetivo de ser feliz, superando os conflitos o tratando-os, vivendo de maneira clara e sem culpa, usufruindo os dons da existência e sempre se aperfeiçoando. Tem capítulo que fala de stress e fobias que podem vir de outras vidas. No capítulo 19, Amor, fala-se da necessidade do amor, nesse longo trânsito, que apresenta-se como propelente ( impulsor) à conquista de mais nobres níveis de consciência, responsáveis pela beleza, pelo conhecimento cultural e moral, pelas realizações afetuosas, pela solidariedade humana, pela conquista holística do pensamento universal. Da mesma forma o amor, apresentando-se em mínima expressão, nas primárias manifestações, encontrando estímulos, desenvolve os sentimentos e transforma-se em um oceano de riquezas. Jornadeando na infância emocional, o ser imaturo deseja receber sem dar, ou quando oferece, espera a retribuição imediata, compensadora e fácil. O amor resulta de um estado de amadurecimento psicológico do ser humano, que deve treinar as emoções, partilhando os sentimentos com tudo e com todos. Somente ama de fato aquele que é feliz, despojado de conflitos, identificado com a vida. Normalmente , as pessoas atormentadas pensam que poderão ser felizes quando forem amadas, sem a preocupação de serem aquelas que amam.
No último capítulo, capítulo 20, fala-se da Morte, que no espiritismo e em algumas outras religiões não existe.
No diálogo com os seus juízes, Sócrates se expressa:
"De duas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem que extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Porém, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e de distinguir lá, como aqui, os que são dignos dos que se julgam tais e não o são. Mas é tempo de nos separarmos, eu para morrer, vós para viverdes. (KARDEC: Alan: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Introdução).
Eis por que se deve viver em harmonia em todos os instantes, acumulando experiências, adquirindo sabedoria, evitando ideações (imaginações0 perturbadoras que sempre se transformam em conflitos e desequilíbrios. Toda a existência deve ser utilizada para vivenciar-se o processo de evolução, e não apenas para deixar-se arrastar pelas sensações do prazer em espetáculos de egoísmo incessante, longe das responsabilidades e dos deveres morais.
Há uma beleza em todas as expressões da vida, particularmente na etapa terminal da existência, bastando que se adquira a optica própria e se adaptem os sentimentos à situação na qual se transita. Fazendo parte do processo normal da vida, não pode ser deixada à margem dos acontecimentos, como se merecesse consideração apenas quando se apresenta, arrebatando um ser querido ou anunciando-se como preparada para conduzir o próprio individuo. Livre do medo da morte, o cidadão avança pelos rios do destino na barca da autoconfiança., desbravando os continentes existenciais com alegria, sem qualquer tipo de limite, porque o seu horizonte é o Infinito para onde ruma. (Conflitos Existenciais - Divaldo Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis)
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